Autor: SANTARENO. (Bernardo)
Idioma: Português / Portuguese
Peça em 3 actos. Edições Ática. Lisboa. 1959. De 19,5x14,5 cm. Com 242, [i] págs. Brochado. Ilustradoa preto e branco no texto com desenhos do pintor Jorge Brandeiro e em extratexto com fotografia de Maquette de Baptista Fernandes, para o cenário único de «O Crime de Aldeia Velha», impressa sobre papel couché. Esta peça, seleccionada para o reportório da época de 1959-1960 do Teatro Experimental do Porto, foi estreada no Teatro Nun'Álvares desta cidade, com encenação de António Pedro e cenários de Baptista Fernandes. «Em 1934, no Marco de Canavezes, Portugal, uma jovem de uma pequena aldeia é queimada viva para lhe exorcizarem o diabo do corpo. Essa história é verídica e macabra. Bernardo Santareno, o maior dramaturgo português da modernidade, construiu em torno dessa história um texto violento e intrigante sobre os preconceitos, medos e paixões dos homens e sobre a maneira como estes o guiam e cegam. A história de Joana, a mais bela rapariga da região, desejada por todos os rapazes em idade casadoira e mesmo por aqueles que já não deviam pensar nessas coisas, é a história da inveja e suspeita das mulheres das aldeias. A crença num poder de sedução de inspiração diabólico, os desequilíbrios sociais, a crendice num livro de São Cipriano
Tudo isto é posto a nu pelo autor que, em poucas páginas, cria um texto único a que obriga o leitor/espectador a reflectir sobre o lado mais obscuro da alma humana e os efeitos que deixar-mo-nos por ele dominar podem acarretar em termos de consequências nefastas». (E-Primatur)