[Por] Camillo Castello Branco. Nova Edição. Mais incorrecta e augmentada. Livraria Internacional de Ernesto Chardron Editor. Porto e Braga. 1880. De 23x14 cm. Com (x)-38 págs. Brochado. Inocêncio. XVIII, 144. A questão Rattazzi: esteve por differentes vezes em Portugal uma dama estrangeira, de origem italiana ou ingleza, que se apresentou com o titulo de Princeza Rattazzi dizendo-se aparentada com a familia Imperial Bonaparte, o que, aliás, segundo consta de informações notorias, as auctoridades francezas não permittiam officialmente. algumas folhas francezas, hespanholas e italianas tinham falado d'ella a proposito de seus escriptos dados ao prelo, dos seus consorcios e de varios incidentes da sua vida aventurosa. Da ultima vez que se demorou em Lisboa, por 1879, lembrou-se ella de escrever um livro de viagem acerca de Portugal: mas, ou por falta de estudo, ou por leviandade, acreditando em esclarecimentos ministrados por pessoas de sua intimidade e de acanhada consciencia quanto aos factos que inculcaram, o certo e que fizeram cair Maria Rattazi em dislates e erros gravissimos, como lhe foi demonstrado. O seu livro, pois, deu margem larga e extensa á publicacão de outras obras de refutação aspera, em que a auctora, apesar do sexo, da idade, do nome aristocratico e da fama de que se fazia cercar, e em que desejava escudár-se, padecem duros ataques, sendo os mais vivos, mordazes e acerados os que lhe vibraram sem piedade Camillo Castello Branco e Urbano de Castro, que assignava os seus escriptos sob o pseudonymo chá-ri-vá-ri. Estas controversias e criticas tomaram o caràcter de verdadeiro escandalo litterario e foram só é alastrando pela imprensa de todas as cidades, em artigos soltos, em folhetins e em correspondencias.