Edições Gama. Lisboa. 1943. De 18x13 cm. Com 132, [i] págs. Brochado. Exemplar com dedicatória do autor na folha de guarda, com picos de humidade e leve desgaste nas capas. «Cancioneiro é uma das mais belas expressões da faceta melodiosa e equilibrada do nosso lirismo contemporâneo. Não o acusem de estar à margem da vida: isso é a própria raiz da sua poesia, como tem sido de muitos outros portugueses. O que encontramos em Cabral do Nascimento é uma expressão cada vez mais depurada, de forma que surge cada vez mais nua a essência, perdendo cada vez mais o excessivo comprazimento na beleza da forma que a tolhia de princípio. E perante Cancioneiro temos de concluir que essa depuração está realizada; o que ficou de estesia gratuita é o necessário para que a sua poesia permaneça autêntica, pois a verdade dela contém forçosamente uma certa parte de inútil melodia. O canto de Cabral do Nascimento é frágil, mas todas as notas são autênticas.» - Adolfo Casais Monteiro (1944)