Edição especial, ilustrada por Alfredo Candido. Livraria Renascença. Joaquim Cardoso, Lda Editores. Lisboa. 1925. De 26x19,5 cm. Com 353, [ii] págs. Encadernação com lombada e cantos em pele, com nervos e ferros a ouro. Corte de folhas carminado à cabeça. Preserva a lombada e as capas de brochura. Ilustrado em extratexto, sobre papel couché, com gravuras e reproduções de obras. Contém ainda vinhetas e capitulares ornamentadas. Exemplar n.º 660 de uma tiragem de 1000, numerados e rubricados pelo autor. Tem na folha a seguir à capa de brochura instruções para o encadernador manuscritas a lápis. A Catedral é um romance cuja acção se centra em torno dos restauros que o arquitecto Luciano faz numa Sé de Lisboa fictícia, que é restaurada e renovada em 1919. Esta obra é uma fonte de especial interesse para uma análise política e religiosa dos inícios do século XX, com informações férteis por parte do autor neste sentido. Citando José Alberto Ribeiro: « A obra de Manuel Ribeiro é o testemunho literário de um percurso pessoal que parte de uma posição anarco-sindicalista até chegar ao cristianismo. O autor revela um conhecimento profundo sobre conceitos estéticos muito «fin de siécle» e um gosto evidente pela arte medieval, sobretudo o Gótico. Pelo que, este autor defende uma estética da medievalidade e o seu valor simbólico, inserido no contexto de uma herança cultural da época contemporânea, ligada ao resgate de um gosto e de um modelo civilizacional inspirado numa Idade Média cristã, tendo como objectivo uma restauração católica ».