O RÉU VAI NU - LOURENÇO, Mário

- A ontologia actual preocupa-se com a globalização do ser, e a parcialidade da solidão. Existirá uma transcendência imanente do ser, como refere X. Zubiri? Existirá uma confusão entre o inerentemente adquirido e o temporalmente tomado? O paradoxo, muitas vezes, nos aproxima da Gnose. Existem muitas adversativas ontológico-gnosiológicas ao ser humano. Temos limites. (à) Qual a relação entre a Filosofia do Ser e a Poesia? O Réu Vai Nu é uma obra com linhas e entrelinhas. O poeta é fingidor, como dizia Pessoa. Não por fingir a dor, mas por dar a entender que chega a quem quer ler apenas ver o que escrito está, quando, na realidade, o âmago de um poema está naquilo que deixou de se escrever.